Neste artigo você vai compreender um pouco mais a respeito de risco cambial através de dois ETFs que rastreiam o IBOV; um ETF, o 1325, é negociado na Bolsa de Tokyo (TSE) e o outro, BOVA11, negociado na Bolsa de São Paulo (B3).

Um exercício hipotético, com dados REAIS. Uma amostra de como taxa de câmbio e IR podem anular a diferença positiva de valorização.
No exemplo, IR e câmbio anulariam a diferença positiva que o ETF BOVA11 teve em relação ao ETF 1325, se o hipotético investidor cogitasse trazer o dinheiro de volta ao Japão; ambos ETFs rastreiam o IBOV, porém, um é negociado em R$ na Bolsa de SP (B3) e o outro, em ¥ na Bolsa de Tokyo (TSE)
E mesmo quem tivesse optado por investir na alta do IBOV via ETF 1325, para agora estar liquidando a operação e enviando o dinheiro ao Brasil, estaria com uma ligeira vantagem em relação à quem aplicou há três anos no BOVA 11.
Mas o ponto que importa nessa postagem é…
⚠️ Tenho batido nessa tecla: quem investe no Brasil sem objetivo claro de retorno, apenas para tentar pegar “valorização maior”, deve considerar com muita seriedade risco cambial e custos operacionais, incluindo IR sobre ganho de capital e sobre uma eventual tributação sobre a remessa, se o volume exceder o limite anual, para quem não fez declaração de saída.
Quem fez a declaração de saída e investe no Brasil, deve encaminhar a Comunicação de Saída a bancos e corretora, para não ter problemas com a RFB; estas instituições deverão dar conta da questão tributária do investidor não-residente ao fisco. Algumas recusam atender tal público, outras cobram taxas especiais que inviabilizam o investimento para o pequeno investidor.
*TSE: Tokyo Stock Exchange (Bolsa de Valores de Tokyo)
*B3: Brasil, Bolsa, Balcão (Bolsa de São Paulo)