O autor, ensaísta, estatístico, e analista de riscos líbano-americano Nassim Taleb disse que, “os três vícios mais destrutivos são heroína, carboidratos e um salário mensal.”
Os dois primeiros já bastante discutidos. E o salário mensal?
Pode e deve ser o início da construção de patrimônio do empregado, pois é do salário que vem o dinheiro para investir, se preparar para empreender, ter o próprio negócio no futuro etc.
Mas quando o salário mensal passa a ser um vício destrutivo?
Quando o trabalhador não se desenvolve para além do desenvolvimento que ele tem na sua produtividade no trabalho, pois o envolvimento com ambiente diário, rotineiro e maçante de fábrica e “elogios” de chefes vão limitando o seu mundo.
Quando o seu fim de semana acaba sendo um período, em muitos casos, apenas para se preparar para o batente na semana seguinte, e quase nunca para se divertir de verdade, buscar experiências, aprimora-se intelectualmente e emocionalmente para se desenvolver e sair dessa “zona de conforto” criada pelo cartão de ponto, salário mensal baseado em salário-hora mais horas extras.
Quando há momentos sociais, como em um churrascos entre amigos, por exemplo, o que predomina são assuntos relacionados ao ambiente fabril.
O que predomina são conversas sobre picuinhas de fábrica, falta ou excesso de horas-extras (zangyō), um ou outro contando vantagem do tipo “o chefe chegou pra mim e elogiou minha produção e desceu a lenha no fulano…”, conversas sobre a “ameaça” que os trabalhadores asiáticos representam, ganhando menos e ocupando cada vez mais vagas nas fábricas.
Sem perceber, parcela significativa de trabalhadores vai entrando em um labirinto cognitivo do qual vai ficando cada vez mais difícil sair, rodando em torno das mesmas estruturas de pensamentos e ideias.
É necessário quebrar esse paradigma.
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Grande abraço,
Marcelo Pimentel