Terminada as restrições de pandemia, explodiram os eventos presenciais no Japão. Na comunidade não foi diferente.
Neste segundo semestre, tem uma série de turnês e eventos na comunidade; alguns já ocorreram.
Alguns desses eventos, além da receita da venda de ingressos, há a receita advinda da venda de espaços para empresas e pequenos empreendedores exporem produtos e serviços, e a receita de patrocínios, com as marcas patrocinadoras podendo fazer propaganda no palco, num banner ou em outro meio durante o evento.
É natural que, com o volume de eventos, haja uma dificuldade maior para conseguir patrocinadores, especialmente aqueles que fizeram opção por patrocinar um evento em detrimento do outro.
Em economia, isso se chama trade-off, e não há nada de errado um empresário optar por colocar dinheiro em um evento e não em outro.
Então, se um evento que anteriormente era sustentado apenas por patrocínio, terá de pensar em formas de montar sua estrutura de capital para se financiar.
E se o mesmo evento tiver que contar com a venda de espaços para se financiar, e quem compra espaços também tiver que avaliar qual evento compensa mais para o perfil do negócio…
Pode ser que não dê para contar apenas com patrocínio e venda de espaços, tendo também que recorrer à venda de ingressos, com algum atrativo, para trazer público para o evento e conseguir se financiar.
Outro ponto que vale destacar: é que no pós-pandemia os custos aumentaram muito, e às vezes, organizadores de eventos, que já enfrentam a concorrência de eventos, não conseguem repassar os custos nos preços dos patrocínios e nos preços dos espaços.
Agora, independente do momento aquecido de eventos pra lá e pra cá, e do momento econômico com custos mais elevados…
Tem eventos que a prudência é a cobrança de ingressos, sim, sobretudo os eventos de massa que não podem ser realizados em locais amplos e afastados, e que serão realizados em área de bastante adensamento.
Neste caso, a lógica da cobrança de ingressos, além de servir para compor a estrutura de capital necessária para financiar o evento, tem a função de controlar o excesso de público, a fim de reduzir impactos que poderiam inviabilizar a oferta de eventos do tipo nos grandes centros urbanos no Japão.
Diante do exposto acima, acho justa a cobrança de ingressos no evento chamado Brazilian Day Hamamatsu, no valor de ¥ 500 por pessoa a partir dos 18 anos e com a contraparte dos cupons de desconto para consumo dentro do evento.