Mísseis balísticos chineses caíram na zona econômica exclusiva japonesa (no mar), nesta quinta-feira, 5, em decorrência de exercício militar chinês, que é interpretado como uma forma de provocação à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a membro do partido democrata Nancy Pelosi, à Taiwan, encarada pela China, também, como uma provocação dos EUA.
Talvez, a visita da democrata Pelosi representasse menor potencial provocativo se o presidente da república dos EUA fosse do partido republicano, quem sabe?
Enfim…
E agora, o que o Japão irá fazer efetivamente?
Nada!
Como não fez nada quando a Coreia do Norte, por várias vezes, lançou mísseis balísticos que atravessaram o Japão.
Como não faz nada quando, repetidas vezes, navios chineses invadem mar territorial japonês.
Aliás, há muito o Japão tem aceitado, dado corda para haver essas provocações.
Lembro-me de uma ocasião que a polícia chinesa “defecou” para as regras da diplomacia internacional e invadiu uma repartição diplomática japonesa na China para capturar dissidentes norte-coreanos; as repartições diplomáticas estrangeiras são consideradas território dos países por elas representados.
No máximo, diplomaticamente, traduzindo para a linguagem comum, vai dizer que não gostou, que não aceita, que é inaceitável… a choradeira de sempre.
Sanção econômica não cabe. Até caberia se o Japão não fosse ultra-dependente da China, seu maior parceiro comercial; se o mundo não estivesse enfrentando uma inflação como a atual, que, inclusive, fez os EUA reverem as taxações para produtos chineses, reduzindo o protecionismo para aliviar a pressão inflacionária; e não tivéssemos sanções internacionais a outros países, que corroboram para o aumento da inflação global.
“Ah, mas se a China invadir Taiwan?”
Olhe para a situação da Ucrânia, encostada na União Europeia e no limite da presença da OTAN, e terás a resposta!
Não espere ação militar japonesa para defender a ilha reivindicada pela China como território seu, como o Taro Aso deu a entender que poderia acontecer. Não vai.
Se acontecer de a China invadir Taiwan, vai ser esse o roteiro: o assunto vai tomar conta da mídia por algum tempo, vão propor séries de sanções (mas que acordos bilaterais vão dar um jeito de burlar), depois vai se arrastando até perder o interesse da opinião pública ou surgir outra polêmica em nível global.
“Ah, mas a Nancy Pelosi foi lá, os chineses não são doidos de invadir agora?”
Isso não garante nada.
Há um motivador maior para a China se animar a tensionar ainda mais isso: o que a Rússia fez ao invadir a Ucrânia, não sendo a Rússia a 2ª economia do mundo, nem o maior parceiro comercial das maiores potências do planeta. Entendeu?
Aproveite para cuidar da vida financeira. Contextos de turbulência como estes, épocas de crises, são as melhores para se fazer correções na vida financeira, aproveitar para conscientizar a família, principalmente, se há membros que não cooperam muito.