ETFs no Brasil e no Japão: 5 diferenças básicas

Os ETFs – Exchange Traded Funds – são fundos negociados em bolsa, também conhecidos como fundos de índices, pois se propõem a rastrear determinados índices de mercado.

Existem ETFs de várias classes de ativos, de ações, de títulos, de fundos imobiliários, de commodities, e de outras categorias, como ETFs alavancados e inversos (esses 2 últimos no mercado japonês).

A seguir, destaco 5 diferenças entre os mercados de ETFs no Brasil e no Japão.

1- Quantidade de ETFs listados

No Brasil, são 31 ETFs listados na bolsa, classificados em 2 categorias, ETFs de renda variável e ETFs de renda fixa, pela B3.

No Japão, são 234 ETFs listados na bolsa, classificados em 11 categorias pela Bolsa de Valores Tokyo.

Os números de ambos são referentes à fevereiro de 2021.

2- Taxa de administração

No Brasil, as taxas de administração dos 31 ETFs variam de 0,20% a 0,69% ao ano.

No Japão, as taxas de administração dos 234 ETFs variam de 0,066% a 1,07% ao ano.

Na média geral, as taxas de administração de ETFs no Japão são mais baixas.

3- Isenção de impostos

No Brasil, os ETFs não tem faixa de isenção de impostos; e a tributação é 15% sobre o ganho de capital.

No Japão, os ETFs têm isenção de impostos pelo programa NISA (Nippon Individual Savings Account) para limite de compra de até 1,2 milhão de ienes ao ano, durante 5 anos.

Exemplo: pelo NISA principal, tudo que comprar e classificar como NISA em 2021, até o limite de 1,2 milhão de ienes, é isento de impostos no ganho de capital e dividendos em 2021, 2022, 2023, 2024, 2025 (5 anos). Em 2026, os ativos financeiros comprados em 2021, passam para a conta específica (tokutei), na qual passarão a ser tributados, com recolhimento na fonte e declaração feita pela própria corretora.

4- Dividendos

Os ETFs listados na B3 não distribuem dividendos; são chamados de ETFs acumulativos.

A maioria dos ETFs listados na Bolsa de Tokyo distribuem dividendos; esses são chamados de ETFs distributivos.

Particularmente, se o ETF for relacionado a ativos que, geralmente, pagam dividendos ou cupom de juros, como ações, fundos imobiliários ou títulos, prefiro ETFs que distribuem dividendos aos cotistas, ou seja, prefiro os ETFs distributivos.

5- ETFs Distributivos vs. ETFs Acumulativos

Sem entrar no mérito da valorização dos dois índices, Nikkei 225 e Ibovespa, note no gráfico abaixo a diferença (e a vantagem) de ETFs distributivos em relação aos acumulativos (que prometem reinvestir automaticamente os dividendos ao ativo líquido do ETF).

Novamente, prefiro ETFs distributivos aos acumulativos. Nisto, o mercado de ETFs no Brasil perde, e os pequenos investidores também.

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Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.
Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.

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