Imagina que você queira viver de renda, resgatando os rendimentos para custear seus gastos, seja esses rendimentos advindos de juros ou dividendos.
No caso dos FIIs, já tendo um montante aplicado em cotas que lhe forneça um dividendo mensal capaz de suprir suas necessidades, você pode sacar todo o dividendo.
Independente da variação do preço das cotas, todo mês você terá dividendos caindo na sua conta, e como esses são advindos de aluguéis, que são corrigidos pela inflação, os dividendos estão protegidos, desde que se tenha diversificação no portfólio para mitigar outros riscos, como vacância, por exemplo.
Já nos produtos a base de juros, como os títulos do Tesouro ou mesmo produtos atrelados ao CDI, se houver a retirada dos rendimentos, ficará só o capital principal, que com o tempo será corroído, pois a correção da inflação está sendo retirada no saque do rendimento.
Se a parte da inflação for reaplicada, só sendo feito o saque do rendimento real, a taxa de retorno dos títulos cai drasticamente, em comparação à taxa de retorno em dividendos dos FIIs, o Dividend Yield.
E este saque constante dos rendimentos dos títulos, só seria possível nos prefixados e pós-fixados que pagam cupons semestrais, tendo de ser feito o provisionamento para os demais meses do ano.
No caso dos prefixados, como a inflação está embutida na rentabilidade pré estabelecida, caso ela dispare, o ganho real será reduzido ou até mesmo podendo ser anulado.
Se a lógica é investir para viver de renda, não tenho dúvidas, os FIIs, com diversificação e reinvestimento de dividendos na fase de acumulação, são superiores aos títulos públicos e privados.
Um abraço,
Marcelo Sávio