A falta de dinheiro e o medo de reagir contra o assédio moral no Japão

Entrou em vigor, na última segunda-feira, dia 1 de junho, uma lei que exige que as empresas tomem mediadas para impedir que superiores cometam assédio moral contra os seus subordinados.

Esse tipo de assédio está se tornando cada vez mais sério. Conforme os dados mais recentes, de 2018, as agências de trabalho receberam mais de 80.000 reclamações, número recorde.

A nova lei em vigor estipula que:

  • as empresas impeçam a recorrência de abuso de poder;
  • proíbe as empresas de demitir e maltratar funcionários que reclamam de abusos;
  • os nomes das empresas que não se comprometerem com medidas de combate ao abuso de poder poderão ser divulgados publicamente;
  • as empresas estabeleçam formas de os funcionários registrarem suas queixas;
  • as empresas tomem mediadas para evitar que seus funcionários sofram abuso de poder por parte de clientes.

Opinião:

Acredito que esse aumento no número de casos, que fez com que o poder público impusesse lei, esteja ligado ao aumento gradativo do número de funcionários não-efetivos, e também por causa da redução salarial observada nas últimas décadas, que gera pressão sobre o bolso e nos ânimos das pessoas.

Esses dados podem ser observados nos gráficos abaixo:

Outro ponto, essa lei, como toda lei, vem do poder público, da iniciativa de tutela do estado sobre os cidadãos indefesos, e transfere a responsabilidade dos cuidados diretos pelos funcionários às empresas.

E a responsabilidade pessoal do funcionário em colocar um limite nisso ou, melhor, impedir que isso ocorra por menor que seja o grau de abuso de poder, desde o início?

Listo abaixo 3 medidas simples que VOCÊ pode e deve adotar para não sofrer constrangimento em local de trabalho, além de apelar para a nova lei:

1- Tenha dinheiro. Com dinheiro em caixa você não fica à mercê de empresa com receio de ser mandado embora por se impor diante de superior no local de trabalho que queira te humilhar;

2- Tenha sempre um plano B. Para caso a coisa complicar você possa partir para outra forma de obter a sua renda. E é importante que você cogite sempre partir, de vez, para a área profissional que você tem aptidão de fato, não fique se desgastando apenas por salário no final do mês.

3- No seu local de trabalho, seja mais chato que seu chefe chato. Exemplo: no menor defeito de peças, chame o seu superior para verificar, e se ele disser que está tudo bem, diga a ele que se você “fosse o cliente, não compraria o produto da empresa de jeito nenhum”; seja implicante com a qualidade da empresa e com as normas de segurança, por exemplo. Arrume um jeito de ser mais chato que ele. Ele te olhará com outros olhos, se dobrará diante de você.

Faça isso e me conte!

Um abraço

Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.
Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.

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