Tudo que você precisa saber sobre a relação Dólar x Bolsa para investir no Brasil (ou não)

  • Podemos dizer que, desde a flexibilização cambial, ocorrida no segundo mandato do ex-presidente FHC, a partir de janeiro de 1999, a relação Dólar x Ibovespa passou por 7 fases, conforme pode ser observado no gráfico abaixo:
  • Da primeira a sexta fase, as duas variáveis, dólar e IBOV, se moveram em direções opostas.
  • Esse comportamento só foi alterado a partir de julho de 2017, quando a taxa SELIC começa a cair de forma consistente, sem a força da “canetada” política, para patamares abaixo dos dois dígitos percentuais (abaixo de 10%), sinalizando que seria um movimento em busca de patamares mais baixos.
  • Com a SELIC em queda, o capital estrangeiro, em sua maior parte, especulativo, perde interesse no país, fazendo com que o dólar se valorize ante o real.
  • De igual modo, o capital interno, de investidores nacionais, sem a atratividade da “renda fixa”, migra para o mercado de renda variável, bolsa de valores, compensando a saída de investidores estrangeiros, fazendo a bolsa brasileira bater recordes históricos.
  • Desse modo, a queda da taxa SELIC é, ao mesmo tempo, responsável pela saída de capital estrangeiro do país, que rentabilizava fácil com SELIC a patamares elevados, e responsável por desviar uma parte do capital que estava alocado em renda fixa para a bolsa de valores. 
  • Em resumo: Dólar e IBOV sempre andaram em direções opostas, até a SELIC cair de forma consistente abaixo de 10%, a partir de 2017; desde então, dólar e IBOV começaram a caminhar juntos, conforme motivos explicitados nos pontos anteriores.
  • Para o brasileiro no Japão, que investe no Brasil… apesar de a bolsa brasileira estar vivenciando seu melhor momento, batendo recordes jamais alcançados anteriormente, a fase atual, a sétima, não é a melhor fase para este público, na comparação com outros períodos.
  • Dólar e IBOV caminhando em direções opostas, sem dúvidas, é melhor para o brasileiro no Japão que investe no mercado de capitais brasileiro.
  • Nesse aspecto, a “fase de ouro” para brasileiros no Japão investir no Brasil foi, sem dúvidas, a fase 2, quando o IBOV chegou a se valorizar 755%, o Real se apreciou em relação ao Dólar (BRLUSD) em 133%, e em relação ao Iene (BRLJPY), 100%. 
  • Com bolsa e dólar caminhando juntos, há uma grande probabilidade de o ganho em bolsa ser em boa parte corroído pela depreciação do real; lembrando que, para quem está no exterior, todo investimento em Brasil passa primeiro pelo “investimento” na moeda brasileira. 
  • Conforme os gráficos, podemos considerar, além da fase 2, as fases 4 e 6 com as melhores configurações para investimento no Brasil com capital estrangeiro, isto é, de ienes enviados por brasileiros no Japão para investir em ativos mobiliários no Brasil.
  • Por outro lado, o IBOV não compreende todas as ações da bolsa brasileira; sendo assim, existem ações com potencial de valorização expressiva, ações estas que podem compensar toda depreciação do real ante o dólar (e iene).
  • A prudência — e a ótica do custo de oportunidade — nos orienta a considerar esses cenários antes de abrir mãos de recursos no Japão, em ativos aqui, em moeda forte, igualmente competitivos, para alocar esses recursos no Brasil, passando pela conversão em uma moeda fraca. 
  • Se você for abrir mão dos recursos aqui, em iene, para convertê-los em reais para fazer investimentos no Brasil, leve em consideração o expostos nos pontos acima, e principalmente, aprenda a fazer a análise correta para saber em que investir no Brasil, para que diante das incertezas quando ao câmbio, você possa rentabilizar seu capital de forma que compense eventuais perdas no que diz respeito ao câmbio. 
  • Por mais que você não queira trazer o capital de volta ao Japão, a análise tem de ser bem criteriosa para que no futuro você não diga: “Nossa!! Se eu tivesse deixado meu dinheiro no Japão esse tempo todo, e fosse enviar agora para o Brasil, teria ganhado muito mais”. 
  • Pois é. É o que tem acontecido em muitos casos, sobretudo quando brasileiros no Japão começam a compreender investimentos no Japão e com isso aprendem a comparar e tomar melhores decisões sob a ótica do custo de oportunidade
  • Se você só enxerga investimentos no Brasil por falta de conhecimento sobre investimentos no Japão, está na hora de aprender sobre investimentos aqui; conheça este Treinamento sobre Fundos Imobiliários no Japão: 

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  • Se você quer continuar investindo no Brasil, e também no Japão, mas fica preocupado em entender melhor essas fases para fazer bons investimentos no Brasil e poder também investir no Japão, diversificando entre os dois países, sugiro que conheça este Treinamento sobre ações (Brasil e Japão), um treinamento exclusivo conduzido por quem conhece o contexto dos brasileiros no Japão: 

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Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.
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Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.

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