Neste artigo vou expor minha opinião sobre a hipotética moeda do BRICS que seria discutida na próxima reunião do grupo, em agosto.
Antes, porém, vamos considerar alguns pontos:
- Os países do BRICS, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, têm um PIB total que supera o dos EUA, tornando-os uma força econômica significativa no cenário global.
- As duas principais economias do BRICS, China e Índia, foram as que mais cresceram no mundo nas últimas duas décadas, e juntas representam 35% da população global.
- Juntos, os países do BRICS representam aproximadamente 40% da população mundial. Além disso, sua população é, em média, mais jovem do que a da União Europeia, por exemplo, o que pode trazer vantagens econômicas e demográficas.
- Os países do BRICS se destacam como grandes exportadores, abrangendo desde commodities agrícolas, energéticas e metálicas até insumos farmacêuticos, manufaturas em geral e produtos de alto valor agregado.
- A reserva de ouro dos países do BRICS é considerável, totalizando 5.445 toneladas. As três principais economias do grupo (China, Índia e Rússia) aumentaram significativamente suas reservas do metal nos últimos anos. Em comparação, os EUA possuem 8.133 toneladas e a União Europeia possui 507 toneladas.





Considerando esses aspectos, acredito que uma moeda do BRICS poderia estar em uma posição favorável para sua criação, possivelmente superando a situação do euro no momento de sua instituição.
Nessa possível moeda do BRICS, os países membros teriam uma base econômica sólida e diversificada, uma população considerável e jovem para impulsionar o crescimento, além de uma reserva de ouro que poderia conferir maior estabilidade e confiança ao sistema financeiro.