Vamos imaginar um trabalhador cujo salário médio mensal durante sua vida profissional tenha sido de ¥ 300.000.
Em média, esse trabalhador teria contribuído com ¥ 27.450 por mês para a parcela da previdência (Kōsei Nenkin) dentro da Seguridade Social (Shakai Hoken).
Suponhamos que ele tenha contribuído dessa forma por 40 anos.
Se o governo fosse tão somente um mero investidor bem conservador, administrando uma carteira com rentabilidade total de meros 5% ao ano, os ¥ 27.450 por mês, durante 40 anos, resultariam em um acumulado de ¥ 41.025.126.
Na fase de aposentadoria desse trabalhador, esse capital poderia ser alocado em uma carteira de ativos financeiros geradora de dividendos com um yield (retorno) anual de 6%, gerando uma distribuição mensal de ¥ 205.126.
Esse patrimônio gerador de renda permanente poderia continuar gerando renda contínua para os descendentes do trabalhador, que poderiam até mesmo sustentar seus próprios planos de aposentadoria nessa carteira administrada pelo governo investidor.
No entanto, voltando à realidade, o governo não é um investidor. O benefício previdenciário estimado neste caso, com 40 anos de contribuição média de ¥ 27.450 por mês, seria de ¥ 134.297 (com possibilidades reais de reformas vindouras reduzindo essa estimativa).
Isso representa ¥ 70.829 a menos do que se o recurso tivesse sido investido, e de forma bem conservadora. Além disso, essa fonte de recurso é finita e não serve para as gerações futuras.
Esse é o custo de oportunidade da contribuição com sistemas previdenciários obrigatórios; isso porque considerei um cenário bem conservador no quesito rentabilidade.
Infelizmente, o governo não é um investidor e, portanto, não proporciona uma velhice melhor, mais digna e tranquila para os trabalhadores contribuintes.
A propósito, deixo-lhe uma pergunta:
Se o governo, seja ele japonês ou brasileiro, não é investidor dos recursos previdenciários, pelo contrário…
Por que tem brasileiros no Japão, que já são obrigados a contribuírem com um sistema previdenciário em declínio, ainda querem voluntariamente contribuir com outro sistema em declínio, o do INSS? Reflita!
Agora, te convido a aprender a dar um sentido melhor aos seus recursos, para você não ficar contando apenas com previdência estatal.
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