Neste tipo de discurso, “o buraco é mais embaixo”

“Por ter como critério o auxílio infantil, esse benefício (de ¥100 mil) será distribuído aos estrangeiros, certo? Em meio a muitos cidadãos (japoneses) que não poderão ganhar, os estrangeiros vão (receber). Além disso, 1,3 milhão de cidadãos japoneses que vivem no exterior ficaram temporariamente sem ter como retornar ao país e os filhos desses cidadãos, que um dia provavelmente voltarão ao Japão, não terão direito à ajuda. Mas vê se pode, o governo vai distribuir a ajuda de ¥100 mil às pessoas de outras nacionalidades, que voltarão a seus países.” – Twitter do ex-parlamentar Hodaka Maruyama.

Particularmente, eu não creio que a fala deste ex-parlamentar possa causar alguma alteração no critério atual de distribuição do recurso.

Esse debate sempre vem à tona, todas as vezes que se propõem “ajudas” do tipo – “ajudas” entre aspas mesmo, porque a gente sabe que, mais cedo ou mais tarde, isso será repassado ao contribuinte, incluindo a população estrangeira, daí ser justo o repasse aos estrangeiros também. 

No entanto, o que acho perigoso nessa fala, não é ela promover alteração no critério atual, como disse, mas é ela provocar reação no meu vizinho, no japonês que passa na frente da minha casa, no que os pais japoneses conversam com seus filhos em casa sobre estrangeiros no país. 

Meu sentimento diante desses discursos, é o mesmo que um grande político mineiro, integrante do gabinete do General Costa e Silva, Pedro Aleixo, disse ao General quando foi o único que se recusou a assinar o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5, em 1968.

Na ocasião, o General perguntou ao Pedro Aleixo, se ele não confiava nele, pelo que o Pedro Aleixo respondeu: 

“No senhor eu confio; eu não confio é no guarda da esquina”, temendo pelo efeito que o AI-5 teria no comportamento do “guarda da esquina”, daquele que lida diretamente com a população.

Do mesmo modo, meu temor maior não é desse discurso em relação à alta cúpula do estado japonês, que detém o poder de alterar ou não os critérios, e sim no efeito que esses discursos podem provocar no comportamento do “japonês da esquina”, ou seja, neste caso, nas pessoas comuns que lidam diretamente com estrangeiros todos os dias, e da animosidade que isto pode gerar nas pessoas comuns, num país cujo grosso da população vem perdendo poder de compra, e a história nos demonstra como populações estrangeiras são acusadas de “roubar” oportunidades da população nativa, quando a situação aperta. 

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Grande abraço,

Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.
Marcelo Pimentel

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CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.

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