Nos últimos 9 meses, o Japão queimou mais de 12% das suas reservas cambiais, o que equivale a 171 bilhões de dólares, fazendo as reservas cairem de US$ 1,409 trilhões para US$ 1,238 trilhões em setembro, conforme dados do Ministério das Finanças.
A queima das reservas cambiais se intensificou em setembro, quando o Banco do Japão realizou sua primeira intervenção cambial em 24 anos para conter a forte depreciação do iene, reduzindo as reservas cambiais em US$ 54 bilhões entre agosto e setembro.

As Reservas Cambiais são os ativos estrangeiros detidos ou controlados pelo Banco do Japão, que podem incluir: ouro, moeda estrangeira, títulos negociáveis em moedas estrangeiras, como títulos de governos e títulos corporativos, títulos mobiliários e empréstimos em moeda estrangeira.
Para se ter uma noção, os US$ 171 bilhões queimados em 2022 equivalem a mais da metade das reservas cambiais do Brasil, atualmente em US$ 327,58 bilhões, ou o equivalente a totalidade das reservas cambiais do Reino Unido, em US$ 171,55 bilhões, ou o equivalente ao que o Japão tinha acumulado nos últimos 5 anos como reservas cambiais:

Os US$ 171 bilhões queimados das reservas cambiais até o momento equivalem a ¥ 25.215.660.000.000, no câmbio USDJPY a ¥ 147,46, o que seria equivalente a ¥ 201.226 por habitante no país com 125,31 milhões de habitantes.
Com a expectativa de alta nos juros dos EUA, há expectativa por mais altas na cotação do dólar no Japão, com sinalizações de intervenções por parte do Banco do Japão para controlar a desvalorização do iene.
Desse modo, a queima das reservas cambiais devem continuar forte.
Deixe sua opinião nos comentários!