Um dilema entre brasileiros no Japão que desejam investir.
Afinal, investir no Brasil ou no Japão?
A resposta vai depender dos seus objetivos, prazos e disponibilidades financeiras.
Pensando em ajudar esse público na tomada de decisão quanto a investir, se lá no Brasil ou aqui no Japão, ou mesmo nos dois países, desenvolvi um fluxograma para esta tomada de decisão.
Não é nada rígido, nem trata-se de regra.
A ideia é dar um pouco mais de objetividade, para que o leitor foque naquilo que importa: investir sem o “estresse da indecisão” nas costas.
Confira o fluxograma:

Considerando que, quem não pretende retornar ao Brasil em definitivo, ou está incerto quanto a isto, deve ter cuidado redobrado acerca do risco cambial, pois em algum momento terá, ou necessitará, de trazer o dinheiro aplicado no Brasil de volta ao Japão.
Além disso, há de levar em consideração também o risco de haver bi-tributação, dependendo da quantia enviada ao Brasil para investimentos em Bolsa ou em produtos ligados à B3, como os títulos do Tesouro Direto, no caso de não ter feito a regularização do CPF como não-residente.
Para quem fez a Declaração de saída definitiva, e investe no Brasil, deve encaminhar a Comunicação de Saída Definitiva (sim, outro documento) à corretora e banco.
Existem instituições que se recusam a operar conta de não-residente, e as que aceitam, cobram altas taxas para esse tipo de conta, que requer procedimento diferenciado por exigência da Receita, tornando o investimento, por causa dos custos, inviável ao pequeno investidor.
Além disso, no caso de remessas do Brasil para o Japão, tem o custo de transferência de cerca de 2,58% sobre o capital a ser transferido, isto pelo método mais barato, pela TransferWise.
Então, antes de decidir, analise bem seus objetivos, prazos e disponibilidades, para tomar a decisão mais acertada possível; utilize o fluxograma acima e esteja ciente dos riscos envolvidos em operações internacionais.
Abraços!
(Por Marcelo Sávio)