Existem os riscos sistêmicos que abalam a economia como um todo, e os riscos específicos de setores da economia, de ativos e de empresas específicas.
Tem até questionários que servem para classificar o perfil do investidor relacionado ao nível de tolerância a riscos.
No entanto, existem os riscos relacionados a própria vida do investidor que, geralmente, são os que mais impactam os investimentos e, muitas vezes, não são considerados pelo investidor.
Uma crise econômica (risco sistêmico) pode deixar sua carteira negativa por um tempo, mas pode ser mitigada pela força do aporte constante.
Uma nova legislação que impacta determinado segmento negativamente (risco específico) pode afetar um ativo da sua carteira, mas a diversificação da carteira pode reduzir esse impacto negativo.
Mas uma crise no casamento, por exemplo, que é um risco atrelado à vida do investidor e não aos ativos, à economia ou ao mercado, pode afetar de forma muito mais agressiva e permanente suas bases emocionais, sua fonte de renda, seu fluxo de renda, a sua gestão financeira, sua carteira de investimentos, seu patrimônio.
Existem crises que são piores do que as crises econômicas, sanitárias ou ambientais.
A estrutura familiar, o casamento e a saúde emocional merecem mais atenção do que os “alertas de crises econômicas” alardeados por aí.
Por isso, no mundo dos investimentos e na construção de patrimônio, até mais importante do que a gestão dos riscos atrelados aos investimentos, o cuidado com a SAÚDE EMOCIONAL E RELACIONAL é o mais importante.
Investir no fortalecimento das relações conjugais e familiares, ter bom zelo acerca do bem estar e saúde de todas da família, e analisar possíveis riscos inerentes à condição da vida humana e das relações sociais, e se precaver, são hábitos fundamentais para mitigar impactos no seu patrimônio.
A começar pelo patrimônio mais importante na vida do investidor: familia, casamento e filhos.