O Premier do Japão, Fumio Kishida, assumiu o cargo defendendo a redistribuição de renda. Toda vez que um político, em qualquer lugar do planeta, defende isso, pode saber que é um prenúncio de aumento de impostos mais adiante.
Se não for na gestão do político proponente, será na próxima gestão, visto que o caminho para a necessidade de aumentar impostos é preparado quando o político que propõe redistribuição de renda pede aumento salarial em troca de reduzir impostos para grupos empresariais que aumentarem salários de funcionários.
E é justo isso que Kishida vem pedindo, para empresas aumentarem salários em 3% ou mais, oferecendo benefício fiscal para as que oferecerem aumentos.
Acontece que, a taxa de imposto de renda corporativa está no seu menor patamar na história, em 30,62%, e vem em declínio desde 1993, quando registrava 52,4%, segundo dados da Trading Economics, citando a National Tax Agency do Japão:
Enquanto isso, a taxa média de desconto da previdência social sobre o salário bruto médio do trabalhador no Japão, que era 11,59% em 2004, vem subindo e ficou em 15,28% em 2021.
O imposto sobre consumo, que já foi 3% até março de 1996, veio subindo para 5, depois para 8 e agora para os atuais 10%, desde outubro de 2019.
E entre 2004 a 2021, as taxas médias de impostos que incidem sobre a renda pessoa física tiveram reajustes, em média, de 11,97% (não é que a taxa média ficou em 11,97% não, é a elevação desta que foi de 11,97%; ex: se a taxa média de impostos incidentes sobre a renda era 20% em 2004, em 2021 foi para 22,39%).
Então, o que o Kishida está propondo é mais ou menos assim: “aumentem o salário dos funcionários, pra gente tentar dar aquela animada na economia e deixar o povo um pouco mais entusiasmado, que eu continuarei a dar benefício fiscais para vocês, empresários, como tem sido nos últimos 28 anos (1993 a 2021). E mais adiante a gente faz reajustes nas taxas que impactam diretamente a renda e poder de compra do povo.”
É bom você buscar construir a sua própria realidade e não ficar à mercê de ação social de governo.
E o caminho para isso é construindo conhecimento sobre finanças, sobre investimentos.
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Grande abraço,
Marcelo Pimentel