- Procure enquadrar o valor das prestações mensais + os provisionamentos mensais para imposto anual, seguro e manutenção em, no máximo, 20% da sua renda familiar líquida (do casal).
- Entenda que o nível de “euforia” pela construção/compra da casa é diferente nas diferentes fases: no “antes”, “durante”, “logo após” e “bem depois” da construção/compra da casa. Portanto, não deixe que a “euforia” do “antes” faça você tomar decisões que perceberá o impacto real sobre o seu orçamento e planos futuros só no “bem depois” da aquisição.
- Corretores inescrupulosos, certamente, irão explorar essa euforia do “antes”, e alimentá-la. Saiba disso.
- Construa a casa, e faça dela o “doce lar” para você e sua família, não para provar nada para a sociedade, para parentes, amigos, colegas, chefes chatos e desafetos.
- Cuidado ao projetar na construção da casa aqui no Japão os sonhos e excentricidades arquitetônicas, de paisagismos e de interiores que tinha para realizar no Brasil; cuidado para não usar essa importante decisão para aplacar qualquer tipo de frustração por, eventualmente, não ter conseguido construir patrimônio no Brasil, e assim acabar pesando a mão no empréstimo.
- Não se desespere para quitar a casa própria, nem se preocupe em dar uma “boa entrada”. Nem invente de comprar à vista. O custo de capital do financiamento é baixo, e você vai se arrepender de imobilizar capital significativo em algo que vai se depreciar com força no decorrer do tempo.
- Sobre o conselho anterior, sugiro que pesquise no buscador interno aqui deste site o termo “quitar casa”; você vai encontrar um artigo especial sobre o assunto.
- Procure se orientar com bons corretores, dos quais tenha boas referências, e que respondam todas as suas perguntas satisfatoriamente.
- Tome cuidado para não pensar apenas no curto prazo ao comprar a casa, tipo, pensar apenas na localização próximo à escola, sendo que seus filhos não estudarão lá para sempre, sequer ficarão na sua casa para sempre.
- Ao financiar, não conte que seus filhos ficarão para pagar a casa, ou que no futuro irão te ajudar; e não fique justificando a compra como “é investimento que eu estou fazendo para os meus filhos”. Aprenda a investir, de verdade, e a entesourar para seus filhos, de verdade. Não os amarrem às suas dívidas.
- Evite comprar casas próximas a aviário ou criação de suínos. O cheiro é terrível, e não terá o prazer em deixar as janelas abertas, já que o vento trará aquela “catinga miserável” para dentro da sua casa, principalmente no verão.
- Considere se a casa é arejada, se tem boa iluminação natural, se bate sol adequadamente, ou se o projeto de construção estabelece essas coisas. Se não considerar isso, você corre o risco de viver numa “estufa” no verão e num “freezer” no inverno, e num ambiente propício para doenças respiratórias, principalmente em crianças.
- Avalie bem o tipo de terreno em que a casa se encontra. Terreno irregular, com entrada estreita, vai te causar problema. Ou, se para acessá-lo você depender da “cessão de direito” do vizinho, ficarás dependente do vizinho para sempre.
- Saiba que certos terrenos no Japão não atendem mais às qualificações para novas construções. Então, ao comprar uma casa velha achando que “pelo menos o terreno vai valer algo”, pode ser que ele não tenha valor algum se for esse tipo de terreno, sem potencial construtivo.
- Observe se há riscos reais de inundação, deslizamento, e se está em área de risco de tsunami. E avalie os custos, planos de fuga, para lidar com esses riscos caso aconteça. E verifique se o seguro cobre esses sinistros.
- Saiba que, por mais que você faça de tudo para enquadrar a prestação e demais custos diretos com a casa num percentual adequado da sua renda, existem os gastos agregados, já que quem quer casa, geralmente, quer tudo novo e aconchegante, e isso pode representar uma fatia considerável do seu orçamento, caso não tenha controle.
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Grande abraço,
Marcelo Pimentel