Perguntas completando “Por que os brasileiros no Japão…” na caixinha nos stories do Instagram e suas respostas:
“Por que os brasileiros no Japão são osso duro de roer?”
Não acredito que seja tão “osso duro de roer” assim, não.
A despeito de crimes e transgressões praticados por uma minoria, brasileiros em geral não tem histórico de representarem risco a soberania e segurança de país algum.
Do ponto de vista histórico, na comparação com outros processos migratórios, é preciso ter certa dose de paciência.
Veja a comunidade japonesa no Brasil, por exemplo.
A gente tem ótimas referências dela há muito tempo.
No entanto, até às 4 primeiras décadas de japoneses no Brasil, crimes de muito maior relevância foram cometidos por japoneses no Brasil do que por brasileiros no Japão; atentados contra a segurança nacional, inclusive.
Em 1947, a câmera federal chegou a votar pela expulsão de japoneses do Brasil, por conta de ondas de atentados por causa de entendimentos diferentes entre japoneses acerca do desempenho do Japão na 2ª Guerra; por um voto não foram expulsos.
Quando a gente olha a imigração italiana nos EUA, e toda problemática envolvida. Até hoje é enredo de inúmeros filmes sobre máfia, organizações criminosas.
Tenhamos paciência com os brasileiros no Japão!
“Por que os brasileiros no Japão se acham mais japoneses que os próprios japoneses?”
Tem casos, sim, de quem quer externar todos os trejeitos e cacoetes de japoneses.
Talvez com mais intensidade naqueles que foram criados aqui desde pequeno, cujos pais não criaram condições para a preservação da identidade cultural.
O que é triste, a meu ver.
É tão nobre ser IMIGRANTE, com todos os desafios que isso representa.
O duro é quando esses “japoneses”, na ânsia de serem mais japoneses do que os próprios japoneses, se sentem ameaçados por outros brasileiros que não tem tal ânsia, como se estes estivessem sabotando os planos daqueles que tem a ânsia de serem reconhecidos como japoneses.
Chega ser hilário ouvir as murmurações.
“Por que os brasileiros no Japão, em sua maioria, não conseguem juntar dinheiro?”
Falta de prioridade e propósito, simples assim.
Não sei se já compartilhei isso alguma vez publicamente, se não, vai agora: certa vez fiz uma tratativa de comprar uma área no Brasil.
Para resumir: boa parte tinha sido paga imediato ao fechamento do negócio, em uma das minhas idas lá, mas faltava, na época, o equivalente a ¥ 3.600.000.
Sem juros, sem acréscimo, tinha de pagar esse restante em até 9 meses.
Como era uma oportunidade sensacional, que foi inclusive um divisor de águas na nossa vida patrimonial, assumi a responsabilidade.
Em 9 meses, com choque de gestão e determinação, esse restante de ¥ 3,6 milhões estava totalmente pago.
Detalhe: eu trabalhava em fábrica e minha esposa era esteticista, e três filhos em idade escolar.
Como diz um ditado judaico: “tomando a decisão e realmente querendo, os próprio pés te conduzem para a realização.”
“Por que os brasileiros no Japão pagam as contas atrasadas e acham isso normal?”
Isso é delicado. Tem casos e casos.
Mas deixa eu colocar um cenário aqui:
A família pode estar fazendo tudo certo, ou ter começado a fazer as coisas certas recentemente.
Aí vem uma sequência de paralisações no trabalho, por consequência, redução de renda.
Neste caso, se a grana por algum tempo for curta, filhos pequenos, e toda sorte de contas para honrar, o que este brasileiro vai priorizar: pagar contas em dia ou alimentar e dar abrigo aos filhos?
Como disse, tem casos e casos.
“Por que os brasileiros no Japão contam com as horas extras para fechar o mês?”
Isso é um grande erro no planejamento financeiro: contar com o não-recorrente.
Vou abrir um parênteses aqui, aproveitando: tem muito investidor que sai investindo em produtos que pagam dividendos sem saber diferenciar o que é lucro recorrente e não-recorrente, tampouco sabe o impacto disso nos dividendos; olha só o dividend yield e abraça o ativo, sem análise adequada.
Então, nos dois cenários, vejo muita imprudência.
“Por que os brasileiros no Japão quando ganham bem, ao invés de poupar, gastam mais?”
Falta de estabelecer prioridade, planejamento e propósito, já até dei exemplo em outra resposta.
E falta de referência de vida, de exposição a conversas e convívios com quem dá sentido ao dinheiro, investindo de verdade, fazendo mais dinheiro.
E, às vezes, é questão emocional mesmo: o gasto excessivo como forma de aplacar tédio, frustração, decepção etc.
“Por que os brasileiros no Japão não aproveitam a simplicidade do Japão?”
Pois é. Também penso nisso.
Tem tantas coisas que dá para fazer no Japão com pouco ou com nenhum recurso.
Se divertir, ter experiências, sem ficar preso a ter que gastar “rios de dinheiro”.
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Grande abraço,
Marcelo Pimentel