Como o programa Invoice Seido pode prejudicar os trabalhadores autônomos no Japão

Só eu estou vendo o invoice seido como “o maior programa de redução de receita de trabalhadores autônomos no Japão?”

Já estou vendo empresas que não vão querer pagar 10% a mais, mas vão querer o crédito fiscal disso e chamar prestador de serviço na conversa pedindo para embutir o imposto no valor do serviço, e não sobre o valor habitual do serviço.

Então, imagine um autônomo cuja prestação de serviço para alguma empresa lhe confira uma receita mensal de ¥ 500 mil.

Com invoice seido ele passaria a cobrar ¥ 550 mil, ou seja, 10% de imposto sobre consumo.

Mas se a empresa disser: “recolha os 10% de shohizei, mas tem que já estar incluído no valor que já estamos habituados a te pagar… (ou contrataremos outro!)”

Neste caso, o shohizei seria um pouco menor, ¥ 45.454, e a receita pelo trabalho prestado cairia para ¥ 454.546.

Desse modo, o shohizei estaria incluso nos ¥ 500 mil, mas mantendo 10% sobre o valor do serviço prestado, que assim cairia de ¥ 500 mil para ¥ 454.546.

Como ele vai poder ficar com 20% do recolhido, ¥ 9.091, como uma espécie de “afiliado” do governo por recolher o imposto, a receita operacional líquida seria de ¥ 463.637, redução de 7,27% na receita original.

E qual é o precedente que me leva a pensar que as empresas poderão agir assim?

Ora, quando obrigaram empresas a recolher Shakai Hoken de trabalhadores.

Muitas reduziram salário-hora para compensar a despesa que passariam a ter com a parte patronal da contribuição previdenciária.

Marcelo

Marcelo

Fundador do site e página Investidor no Japão e criador do Curso Investindo em J-REITs & ETFs - sobre Fundos Imobiliários no Japão, com mais de 600 alunos; formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; pós-graduando no MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais brasileiro e japonês, com experiência em análise de Demonstrações Contábeis de empresas listadas em bolsa de valores, valuation e questões tributárias.
Marcelo

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Fundador do site e página Investidor no Japão e criador do Curso Investindo em J-REITs & ETFs - sobre Fundos Imobiliários no Japão, com mais de 600 alunos; formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; pós-graduando no MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais brasileiro e japonês, com experiência em análise de Demonstrações Contábeis de empresas listadas em bolsa de valores, valuation e questões tributárias.

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