Algumas formas de lidar com o risco…
Preste atenção nestas ilustrações avaixo e depois leia as suas respectivas explicações, por item:

1 – Cálculo de rentabilidade média ponderada.
Suponhamos que você queira aplicar capital em algumas criptomoedas (ou derivativos) esperando algum movimento explosivo.
Arriscaria todo seu patrimônio? Claro que não!
Então alocaria um percentual menor, 3% (0,03), como no exemplo, e se caso essas criptomoedas explodissem em valorização, puxaria a rentabilidade total da sua carteira para cima.
97% do seu patrimônio alocados em investimentos entre conservadores a moderado, e 3% em ativos altamente voláteis.
1000% de valorização dessa pequena parte da carteira, com 15% de valorização da maior parte, puxaria a rentabilidade total para 44,55%.
Caso desse errado, a perda seria mínima.
Então essa é uma maneira sensata de se expor ao risco e a alta volatilidade em busca de alta rentabilidade.

2 – Relação preço e valor intrínseco.
Aplicado a quem pretende investir visando o longo prazo, em ativos com lastro real (ações, fundos imobiliários), que tenham valor intrínseco, que tenham bons históricos e boas perspectivas futuras, que gerem renda passiva (dividendos).
Utilizando cálculos de valuation para determinar o valor justo dos ativos, comprar sempre com desconto, sempre em que o preço estiver abaixo desse real valor do ativo.
É o chamado investimento em valor, aplicado por grandes e renomados investidores.
Esse investimento em ativos descontados — quanto maior o desconto, melhor — ofereceria uma margem de segurança em relação as quedas de preços.
No longo prazo, as repetidas compras com desconto suavizaria as oscilações, potencializando a valorização, além de contar com a rentabilidade garantida pelo reinvestimento sistemático dos dividendos.
Essa filosofia pode ser adotada, por exemplo, numa carteira no modelo do item 1.
Dentro dos 97% do patrimônio, uma boa parte alocada em investimento em valor: comprando bons ativos, sempre com desconto e reinvestindo sistematicamente os dividendos.

3 – Diversificação. A velha e necessária diversificação.
De preferência entre ativos de baixa correlação.
Poderia ser, por exemplo, aplicada nos 97% de uma carteira no modelo do item 1, seguindo a filosofia do item 2.

4 – Cálculo de alocação de capital para operações especulativas.
Recomendado para quem opera como trader, visando ganhos de curto prazo e não quer (ou não pode) imobilizar capital em operações mais longas.
Calculo de gestão do risco para operadores de mercado, traders.
Considera-se a quantia de capital alocada a risco, o quanto estaria disposto a perder caso a operação não desse certo e o percentual de risco da operação.
Então, suponhamos que numa operação especulativa utilizando gráfico, o risco dado seja de 4% (estabelecido entre o ponto de entrada da operação e o ponto de stop-loss), o capital alocado para mercado especulativo seja de ¥ 500.000, e a tolerância de perda aceitável seja de 1% do capital.
1% x 500.000 / 4% =
0,01 x 500.000 / 0,04 = 125.000
Ou seja, dado o risco da operação, o máximo que deve ser colocado nela é ¥ 125.000.
Assim, respeitaria uma regra fundamental em operações de mercado especulativo:
“Não arriscarás toda a grana!”
Bem, é isso aí. Algumas formas de lidar com o risco nos investimentos e em operações especulativas.
(Marcelo Sávio)