Primeiramente, a análise que Warren Buffett e Charlie Munger fazem para comprar ações é muito semelhante à análise que eles fazem para comprar companhias inteiras:
Verificam se tem como fazer uma projeção confiável do lucro futuro do ativo em questão, pelo menos, para os próximos 5 anos.
Se a estimativa for favorável, compram as ações ou as empresas, desde que estejam à venda por um preço descontado em relação ao limite inferior das estimativas que eles fizeram.
Para esse processo de verificação do lucro e precificação do ativo, Buffett e Munger utilizam como parâmetro o chamado “lucro do proprietário” e sua projeção de crescimento, tendo como referência o histórico de crescimento.
O “lucro do proprietário” é o lucro líquido somado à depreciação, amortização e exaustão, subtraído as despesas de capital.
“Eles não levam em consideração fatores macroeconômicos ou o contexto político, não?”
Quanto a isso, deixo uma citação do próprio Buffett em sua carta aos acionistas de 2013:
“[…] Nos 54 anos em que trabalhamos juntos, nunca abrimos mão de uma compra atraente por causa do ambiente macroeconômico ou político, ou da opinião dos outros. Aliás, esses assuntos nem sequer surgem quando tomamos decisões.”
Multiplicadores de patrimônio, fazedores de dinheiro, construtores de riquezas não ficam aguardando o “alinhamento te todos os astros do universo” para tomar decisões de investimentos; simplesmente, identificam oportunidades e as abraçam.