Com esta mentalidade, você será iludido, perderá dinheiro e acabará frustrado

Quando a pessoa entra em contato e me pergunta: “nesse investimento dá pra obter uma rentabilidade de no mínimo uns 0,5, 0,6% ao mês?”, antes de responder, naquela fração de milésimos de segundos, penso: “certamente é alguém que no mínimo acompanha o mercado, e talvez já faz a sua poupança e investimentos de modo consciente e com consistência.

Geralmente, a hipótese se confirma realidade.

Mas tem quem entra em contato perguntando: “dá pra tirar uns 5, 10% nesse tipo de investimento?”. Replico: “Sim, é possível obter uma rentabilidade anual com a possibilidade até de… “. “Não, não. Pergunto, 5, 10%, ao MÊS?”, interrompe e enfatiza a pessoa.

Bem, em investimentos, geralmente, as pessoas querem saber sobre isso mesmo em primeiro lugar: sobre a rentabilidade. Nada de errado. Apesar de que, outros fatores como riscos, liquidez, custos e prazos devem sempre pesar na balança na hora de decidir por algum investimento.

Mas só uma dessas pessoas acima estará apta a participar de um treinamento sério sobre finanças, sobre investimentos, sobre operações de mercado, bolsa de valores. E é a primeira.

A segunda está propensa a cair em contos dos “vigários” que prometem mundos e fundos. Propensa a queimar os poucos recursos que tem para entrar em algum esquema em busca de rentabilidade surreal anunciada por aí nas redes, ou propensa a pagar algum “mentor” que tem a fórmula que o fará “sair da fábrica” daqui a alguns meses.

Inclusive os motes “sair da fábrica”, “até quando você vai trabalhar em fábrica?” e coisas do gênero, têm embalado muitas campanhas publicitárias de vendedores de sonhos na comunidade. Eu mesmo já fui procurado por supostos marqueteiros digitais que me tentaram persuadir a adotar essa linha de discurso e, também, a consultoria deles.

Não dá.

Warren Buffett disse certa vez: “Você lida com muitos tolos no mercado; é como um grande cassino onde todos estivessem bêbados. Se você conseguir beber apenas uma coca-cola, provavelmente terá sucesso.”

Pois é. Em investimentos você deve manter-se sóbrio o tempo todo se quiser ter algum sucesso.

Outro ponto…

Tenho comigo um princípio: não gastar com custos operacionais e com Educação Financeira para me auxiliar como investidor, um percentual anual que comprometa minha rentabilidade total.

Exemplo: não tem nexo a pessoa poupar 100.000/mês, que é um montante considerável para a atual condição dos brasileiros no Japão, e destinar 10% disso pagando mensalidade de “programas de educação financeira” (sim, com aspas). Fora os custos operacionais diretos ao investir.

Outra situação: A pessoa não poupa nem ¥500.000 por ano, mas destina mais de ¥100.000 anualmente pagando mensalidades em programas que prometem transformá-lo num “Warren Buffett” dos investimentos, com promessas de rentabilidade de 30% ao ano, que “você vai sair de fábrica”, que “você aprenderá a investir profissionalmente”…

No geral, pessoas com esse perfil de investidor, se é que isto é ter perfil de investidor, que caem fácil nessas promessas, não captam boas rentabilidades no mercado.

Já perdem boa parte do capital que poderia ser investido previamente em “programas caça-níquel” de “educação financeira”.

Busque reduzir os custos operacionais, que incluem Educação Financeira para te auxiliar a operar no mercado como investidor.

O mercado é dinâmico. Cenários econômicos mudam constantemente. Um investimento que você pode estar aprendendo agora, daqui a algum tempo pode não ser mais rentável.

Por que se amarrar em programas de vários meses, anos, pagando por isso um valor considerável?

Priorize cursos específicos, focados, e que ofereçam participação em comunidade de alunos sem custos adicionais, e se houver alguma mensalidade ou anualidade, que seja algo comedido.

Se seu investimento em educação financeira abocanhar mais de 10% da sua capacidade de poupança anual, alguma coisa está muito errada, não é investimento, é queimar dinheiro que poderia ser alocado.

Há meios de ter acesso a materiais de qualidade por preço acessível.

Os mais ricos no mundo dos investimentos, e que começaram como pequenos investidores, por exemplo, LEEM e recomendam livros.

Está aí um bom começo para quem deseja aprender sobre investimentos: ler livros sobre o assunto.

Assim você treina sua capacidade cognitiva, e consegue discernir as promessas enganosas e a acumular conhecimento prévio para lhe auxiliar no aprendizado de bons conteúdos.

Luiz Barsi e Warren Buffett são uns desses que leem e recomendam livros, bons livros, que inclusive alguns exemplares podem ser adquiridos online por menos de ¥900 (menos de R$ 30,00 no câmbio atual).

Mas se você quiser queimar dinheiro, saindo numa busca frenética pelo curso que te fará triplicar o capital em meses, com o “mentor” que te fará “sair da fábrica em breve”, pagar por inúmeros relatórios de recomendações (muitas vezes copiado de casas de análises que vendem tais produtos por preços acessíveis), depender de guru para investir, e o pior: queimar mais de 10% com essa “educação financeira”, siga em frente, queime o seu dinheiro.

Mas estatisticamente falando, os disciplinados, comedidos e criteriosos se saem melhor no mercado e no mundo dos investimentos do que os afoitos por resultados rápidos.

Vale o conselho:

Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.
Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.

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