A bem da verdade é que muitos brasileiros no Japão se verão praticamente obrigados a retornar algum dia para o Brasil .
Por quê?
Muitos ganham abaixo da média salarial no Japão. Por consequência, contribuem menos com a previdência. Desses, muitos não contribuirão por tempo integral, 40 anos. Portanto, o benefício previdenciário será insuficiente para uma vida tranquila na terceira idade.
Para piorar, quem não se preocupa em guardar dinheiro, formar uma reserva previdenciária, fazer investimentos, buscar por desenvolvimento pessoal, profissional, ficará em uma situação bastante critica.
Então, diante do exposto, acho que mais adiante muitos serão forçados a reconsiderar o Brasil como destino, pois, no básico, o custo de vida lá é menor.
Vamos aos dados que temos disponíveis:
No Japão, a autarquia financeira FSA apontou que a partir dos 65 anos de idade, um casal necessita de ¥ 265.000 por mês para viver.
No Brasil, o DIEESE projeta salário mínimo ideal, para uma família de 4 pessoas viver, de R$ 5.375,00.
Por exemplo, quem contribuiu por 20 anos com a previdência japonesa, com contribuição baseada em média salarial de ¥ 300.000 por mês, vai receber benefício equivalente a ¥ 65.357/mês, e quem contribuiu por 30 anos, baseado em mesma média salarial, vai receber algo em torno de ¥ 98.035/mês.
Onde você acha que compensa receber tal benefício, se não contar com o complemento de renda gerada por uma carteira de investimentos em ativos financeiros em moeda estável?
E neste caso de retorno na fase de aposentadoria, o que fazer?
Solução básica: mudar a mentalidade, entender que investir é uma necessidade e ir acumulando capital em ativos financeiros em ienes mesmo (moeda estável, proteção contra a depreciação do real) e em momento oportuno transferir o capital para o Brasil, alocando em ativos de dividendos.
Na prática: imagine 10 milhões de ienes acumulados. Hoje, daria cerca de 500 mil reais. Com yield médio de 7% ao ano, daria para ter uma geração de R$ 35 mil por ano, cerca de R$ 2.916 por mês (arredondando) – sem contar alguma coisa a receber da previdência japonesa ou do Acordo Previdenciário Brasil/Japão.
Isso é muito ou pouco? Bem, a média salarial brasileira atual gira em torno de R$ 2.500.
Então, esse exemplo acima já seria algo acima da média atual, portanto, condição melhor do que a da maioria da população brasileira.
É o ideal? Não.
Ainda que os dividendos, a essa altura seja para renda passiva, é sempre bom manter um residual para reinvestir, sobretudo por conta da pressão inflacionária no Brasil; algo em torno de 20% a 30% dos dividendos para reinvestimento.
E é sempre bom avançar, não ficar nessa de “só fazer pra comer”.
E o IDEAL mesmo, é você ter LIBERDADE para viver onde quiser!
Solução mais elaborada: adotar estratégias de aceleração da acumulação patrimonial e construção de riqueza, e ter mais liberdade e até mais mobilidade para viver onde quiser.
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