Projetos habitacionais semi-construídos ou abandonados são cada vez mais comuns em várias cidades chinesas.
Anúncios tentadores como “Compre um andar, ganhe outro de graça” aparecem em locais de desenvolvimento nos subúrbios.
No entanto, os preços permanecem inacessíveis para muitos devido aos baixos salários locais.
Em resposta a essa situação, a China está adotando medidas para estimular a compra de imóveis por proprietários atuais.
Isso envolve a redução de taxas de hipoteca e adiantamentos ao se mudar para grandes cidades, buscando tornar o mercado mais acessível.
A repressão governamental à especulação imobiliária teve um impacto significativo, resultando em uma queda notável no setor.
Como uma estratégia de revitalização, a China está flexibilizando regulamentações para tentar reaquecer o mercado.
Recentemente, o núcleo do Partido Comunista Chinês se reuniu para enfrentar as “novas dificuldades e desafios” econômicos.
Liderada pelo presidente Xi Jinping, a reunião teve como objetivo discutir políticas para apoiar o setor imobiliário e traçar estratégias para este segundo semestre do ano.
Nesse contexto, os principais bancos de Hong Kong estão reduzindo sua exposição a imóveis comerciais chineses.
O HSBC, por exemplo, informou uma queda em sua exposição de US$ 19,8 bilhões em 2022 para US$ 14,3 bilhões no final de junho.
O Standard Chartered também diminuiu sua exposição, passando de US$ 3,7 bilhões para cerca de US$ 3 bilhões no mesmo período.
Como a crise imobiliária da China pode afetar a economia global?
De diversas formas:
Reduzindo a demanda por produtos e commodities e impactando setores como construção e fornecimento de materiais;
Abalando a estabilidade financeira internacional devido à exposição de instituições financeiras;
Diminuindo investimentos estrangeiros diretos;
Afetando o cenário geopolítico através das relações comerciais e políticas; não à toa a China tem intensificado as tensões com países da região como forma de desfocar o grande problema interno do mercado imobiliário.
Para finalizar, a crise imobiliária chinesa tem nome e sobrenome: excesso de intervenção do estado, em duas fases:
(1) Excesso de crédito para aquecer o mercado imobiliário a fim de elevar o PIB do país por anos seguidos e (2) a manifestação da essência do comunismo ao reprimir a livre especulação imobiliária.