Cinco técnicas maquiavélicas do Banco do Japão que impulsionaram grandes empresas japonesas a expandirem suas operações no exterior e alcançarem recordes de lucratividade… Enquanto o povo se lasca internamente com inflação real acima da inflação oficial e perda do poder de compra do salário médio.
Eis as técnicas:
1- Invente uma narrativa de “deflação” e a urgente necessidade de combater esse monstro, “estimulando o consumo interno” através de um negócio chamado ‘quantitative easing’, e faça o mundo acreditar nisso e a própria população japonesa, utilizando-se da falácia da autoridade, da hierarquia (isso cola fácil entre os japoneses).
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2- Introduza uma política de compra pesada de títulos públicos e privados (é isso o ‘quantitative easing’!) a fim de injetar dinheiro novo à economia e baixar juros até no negativo, sob o (falso) pretexto de “estimular o consumo interno”, além de expandir o balanço patrimonial do Banco do Japão:
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A verdadeira intenção…
3- Faça com que os juros verdadeiramente baixos, quase zero, e o dinheiro farto só sejam acessados, de fato, por grandes conglomerados para estes expandirem suas operações industriais e de crédito no exterior, principalmente em países que as populações crescem e são mais jovens do que a envelhecida e decrescente população japonesa.
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Observe acima a média de juros e o volume em apenas dois períodos anuais, para uma grande empresa apenas; 165 bilhões de ienes no primeiro quadro (US$ 1,07 bilhão, no câmbio atual) e 220 bilhões de ienes no segundo quadro (US$ 1,43 bilhão, no câmbio atual).
4- Trabalhe para depreciar a própria moeda através da política monetária – mesmo que isso acarrete um aumento nos custos de importações – para que os grandes conglomerados, que se alavancam com juros baixíssimos e dinheiro farto, batam recordes de lucro em iene com câmbio favorável (moeda estrangeira valendo mais).
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5- Sirva aos interesses dos grandes grupos, dos grandes conglomerados em primeiro lugar, e deixe o grande público contribuinte, patrocinador dessa farra toda, achar que é “tudo pelo social e para estimular a economia interna”, e assim conseguir perpetuar a política do ‘quantitative easing’ a serviço dos verdadeiros Donos do Japão (grupos de interesses).
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