Note no gráfico abaixo que a atual alta de juros nos EUA é a maior desde a Crise de 2008 e já teve 5 altas em 2022.

E diferente do último ciclo de alta, entre 2016 a 2019, que teve propósito estratégico por parte do FED de aumentar a taxa para ter o que cortar em caso de alguma crise, que acabou acontecendo com a pandemia, a alta atual é para tentar controlar a inflação, a maior em 40 anos, conforme o gráfico abaixo:

Acontece que, a alta dos juros enxuga liquidez da economia, restringe a oferta de dinheiro, aumentando risco de recessão.
Por outro lado, a alta dos juros, ou mesmo a expectativa de alta, deixa o prêmio de risco (juros) dos títulos americanos mais atrativos.
Veja por exemplo, a alta recente dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, com vencimento em 10 anos:

Com isso, o grande capital global passa a buscar títulos do Tesouro americano, considerados ativos “livres de risco” em momentos de incerteza.

Desse modo, grandes quantias de dólares migram de volta aos EUA, saindo do mercado de capitais (mercado acionário), de países emergentes com mais riscos e de países com taxa de juros no negativo e títulos nada atrativos, como é o caso do Japão.
Isso promove queda nas bolsas e fortalecimento do dólar em relação a outras moedas, como demonstrado no gráfico United States Dollar Index ou DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de outras moedas:

Não obstante, quedas nas bolsas, as grandes correções, abrem grandes oportunidades para iniciar montagens de portfólios, carteiras de investimentos, com ativos a preços mais atrativos.
E nessas horas vale o conselho do grande investidor e gestor de investimentos Peter Lynch: “Muito mais dinheiro foi perdido por investidores se preparando para correções, ou tentando antecipar correções, que nas próprias correções.”
Está preparado para iniciar nos investimentos?