Resumidamente, a Economia Real (Ativos Reais) é aquela que é responsável pela geração de riqueza que impacta diretamente não apenas quem investe, mas também toda a sociedade, diferentemente do que ocorre nos investimentos em Mercado Financeiro (Ativos Financeiros).
Principais diferenças entre Economia Real e Financeira:
1) Apesar das semelhanças os Ativos Reais não são renda fixa e não sofrem a volatilidade da Bolsa de Valores;
2) As oscilações que sofrem não chegam a ser tão radicais se comparadas as da renda variável;
3) Não são negociados em grandes instituições financeiras, bancos ou corretoras;
4) Movimentam e beneficiam a economia local e global.
Agora que você sabe um pouco mais sobre Economia Real e os ativos reais, vou deixar um exemplo para ficar mais claro a compreensão de como a Economia Real, além de rendimentos maiores, mais estáveis e seguros, também tem o poder de contribuir com o desenvolvimento e a economia regional, mas antes cabe diferenciar brevemente o que são esses cenários mercadológicos.
Ao analisar a característica básica dos Ativos Financeiros, que também é conhecida como economia de papel, esta foi criada pelo Mercado Financeiro para promover ganhos financeiros entre investidores e tomadores de recursos, e para mensurar e projetar estes ganhos utilizam-se de indexadores, sendo os mais conhecidos a taxa SELIC, IPCA e o CDI, ou seja, são ativos fortemente atingidos pelas grandes oscilações e turbulência de mercado trazendo forte insegurança de rentabilidade ou diminuindo-as consideravelmente.
Já a valorização dos Ativos Reais, não possuem indexadores, por isso são mais estáveis, possuindo como parâmetro de comparação o PIB, taxas de emprego, inflação e indústria, cenários esses, que os próprios investimentos em Economia Real podem contribuir para melhorar.
Voltando ao nosso exemplo, veja só como o investimento em Economia Real pode contribuir para melhores ganhos aos investidores e desenvolvimento econômico regional:
Imagine uma obra de uma Escola de Futebol Particular com integração social.
O empreendedor abre captação de recurso e você investe nessa estrutura, além de não haver intermediadores (corretoras) e com isso você aumenta seu retorno, a obra em si até ficar finalizada movimentou toda a economia real regional, gerando empregos as empresas de terraplanagem, de aplicação de grama sintética, ao comércio que vende grama sintética, à mestres de obras, engenheiros, pintores e etc…
Além dessa movimentação da economia no momento em que o imóvel de fato começar a ser utilizado, evidencia ainda mais a potencialização pois há uma outra dinâmica de geração de riquezas intrínseca, pois, essa obra empregou um engenheiro, que decidiu usar o salário para comprar um carro, gerando lucro para o dono da concessionária que, por sua vez, usou o dinheiro em uma viagem, se hospedando em uma pousada.
O valor da diária possibilitou que a dona do estabelecimento pagasse sua camareira, que renovou o guarda-roupa das filhas para o inverno, movimentando a economia local, e assim por diante.
Observe que, o investimento inicial em apenas um empreendimento de Economia Real pode causar efeitos positivos para várias outras pessoas de vários setores diferentes, o que não acontece na Economia de Papel, visto que, o dinheiro do investidor fica clausurado, refém apenas das movimentações de papéis feitas entre bancos, e ainda sofrem as fortes oscilações ligadas as Bolsas de Valores.
Abraços,
Marcelo Pimentel