A nossa mentalidade sobre dinheiro é formada a partir das primeiras experiências que tivemos de receber e manter dinheiro para suprir nossas necessidades e desejos, e pelas crenças sobre dinheiro que nos foram incutidas durante a vida.
Acontece que, muita gente não evoluí na mentalidade financeira. Não renova a mentalidade com leituras, aprendizados. Ficam presas às primeiras experiências com dinheiro e acabam ficando com a visão muito limitada em relação às formas de obter dinheiro, de fazer dinheiro e abraçar as oportunidades.
Por exemplo, tem pessoas que apesar de já terem passado da fase da infância e adolescência, tem a (1) mentalidade de “recebedor de mesada”.
É a mentalidade de quem, podendo fazer diferente, fica esperando receber algo do governo, da loteria, da sorte, da ação social, dos filhos, dos pais, de herança para resolver seus problemas financeiros. Uma mentalidade atrasada, de quem ficou preso mentalmente à fase da vida em que a relação com o dinheiro vinha do recebimento de mesada, sem muito esforço.
Outro tipo de mentalidade, é a (2) mentalidade de assalariado.
Não fica na dependência de ninguém, mas só concebe dinheiro dentro da relação trocar tempo por salário. E é imediatista, o dinheiro que recebe é para pagar contas e atender demanda presente apenas. Vive na chamada corrida dos ratos. A pessoa pode até estar na condição de assalariado, como é a situação da maioria das pessoas, mas não precisa ter essa mentalidade.
Tem também a (3) mentalidade do “chocador de dinheiro” ou “galinha financeiro”.
A pessoa até consegue guardar dinheiro, mas fica chocando o dinheiro com medo de perder, e tem um bloqueio tão grande que acha que qualquer forma de investimento é “golpe” e que a única forma de acumular recursos para o futuro é guardando dinheiro onde ela possa ver e tocar.
E por último, a (4) mentalidade do “voto de pobreza”.
Não me refiro às pessoas que fazem o clássico voto de pobreza por causa da espiritualidade, para viver com devoção à uma causa maior, ser missionário, nada disso. Esse tipo de mentalidade é a de quem concebe dinheiro como algo moralmente errado. Diante de alguém que fala sobre investimentos, por exemplo, ela afirma “dinheiro não é tudo na vida”, “meu deus não é o dinheiro”, “você só pensa em dinheiro”, “o importante é viver a vida”. E é o mesmo discurso que usa para agredir quem recusa a lhe ajudar financeiramente, pois, geralmente, pessoas com essa mentalidade não são moralmente melhores, são é relaxadas e preguiçosas em relação a assuntos financeiros. São hipócritas mesmo.