Fala, pessoal!
Desde o ponto mais baixo atingido neste ano, em 19/03, o índice bovespa (IBOV) já teve uma valorização de mais de 50% (até o pregão do dia 4/6).
Nas últimas 4 semanas, o Real também teve uma apreciação em relação ao dólar, e como consequência, uma valorização de cerca de 20% em relação ao Iene (BRLJPY).
Neste período das últimas 4 semanas, a valorização conjugada, IBOV e BRLJPY, ofereceu um retorno de cerca de 48% até agora.
Dito isso…
Você sabia que tem como investir no Brasil sem fazer remessa de dinheiro para lá?
Sim, sim!
“Como?”
Via corretoras japonesas!
Mais especificamente via: ETF, ADRs e Fundos de Investimentos.
Em ETF, tem o 1325, NEXT Fund Ibovespa, da Nomura Asset (Securities), que rastreia o índice bovespa, negociado na Bolsa de Tokyo, em iene, e sujeito também a variação cambial, além da própria variação do IBOV. (ETF, do inglês, Exchange Traded Fund, Fundo Negociado em Bolsa).
Permita-me uma observação: este ETF seria, inclusive, na minha opinião, o verdadeiro benchmark para quem investe na bolsa brasileira a partir do envio de ienes para o Brasil, já que ele envolve tanto o risco/retorno de mercado e risco/retorno cambial, sendo um balizador de custo de oportunidade para brasileiros no Japão que investem no Brasil.
Outra forma de investir no Brasil seria via ADRs de empresas brasileiras negociadas nas Bolsas americanas, na NYSE e NASDAQ.
Essas ADRs são acessíveis via corretoras japonesas habilitadas a transacionar nas bolsas americanas.
ADRs são recebíveis de depósitos lastreados pelas ações das companhias.
Uma outra maneira de investir no Brasil seria através de Fundos de Investimentos.
São mais de 50 Fundos disponíveis em corretoras, dentre os mais de 2.600 no mercado japonês, com exposição direta no mercado brasileiro; fundos de investimentos com carteiras de ações de empresas brasileiras e carteiras de títulos públicos e privados brasileiros.
Esses fundos podem ter ou não instrumentos de hedge, ou seja, de proteção da carteira de ativos e/ou cambial.
Além destes três tipos de produtos específicos, existem também outros ETFs e Fundos de Investimentos que investem em mercados emergentes, e, portanto, o mercado brasileiro tem alguma participação no portfólio desses produtos.
E quais seriam as principais vantagens de investir no Brasil através desses produtos via corretora japonesa?
A primeira, você não precisaria “dar o migué”, igual a maioria faz quando investe no Brasil via corretoras brasileiras, enviando dinheiro para o Brasil. Ou seja, não precisa ter CPF, comprovante de endereço e telefone como se estivesse “residindo no Brasil”.
A segunda, muito ligada a primeira, você não corre o risco de sofrer a chamada bi-tributação, como acontece com quem “dá o migué”, dizendo, entre aspas, que “reside no Brasil”.
Terceira, você pode fazer a marcação a mercado com mais agilidade, tanto no retorno que o mercado venha a te oferecer numa possível valorização, quanto no retorno que o câmbio venha a te oferecer, numa possível valorização do Real ante o Iene. Algo que quem investe no Brasil, enviando dinheiro para lá, não consegue fazer com agilidade. Pode até fazer marcação a mercado em relação a valorização dos ativos, mas do câmbio seria difícil, já que necessitaria trazer o dinheiro de volta ao Japão para fazer a marcação a mercado no câmbio.
Quarta, investindo nesses produtos via corretora japonesa, ainda é possível ter isenção de impostos pelo programa NISA.
E quinta, você teria uma forma mais tranquila de fazer a diversificação geográfica, investindo no Japão, por exemplo, em ativos ligados ao mercado interno, e em ativos com exposição ao Brasil.
E quais seriam as desvantagens?
Bem, através desses produtos, ETFs, ADRs e Fundos de Investimentos, você não tem acesso, ainda, ao mercado brasileiro de Fundos Imobiliários e não tem acesso às empresas de baixa capitalização de mercado, as chamadas Small Caps, que tem potencial explosivo de valorização.
Porém, diante dos riscos relacionados a investir no Brasil enviando dinheiro para lá, compensa, e muito, atentar-se para esses produtos disponibilizados nas corretoras japonesas com exposição ao mercado brasileiro.
É isso aí, pessoal. Um forte abraço!
Você tem interesse em aprender mais sobre diversificação geográfica, em ativos em mercados internacionais, inclusive Brasil?
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