O mega investidor Jim Rogers, considerado um dos três maiores nomes no mundo dos investimentos, ao lado do lendário Warren Buffett, conhecido oráculo de Omaha, e do seu ex-sócio George Soros, participou de entrevista online realizada no Reuters Global Markets Forum, na última segunda-feira, 30 de novembro.
Abaixo destaco 3 considerações feitas por Jim Rogers que você, investidor, deve se atentar:
1- Excesso de endividamento sem precedentes
Segundo Jim Rogers, a dívida contraída pelo governo dos EUA e a quantidade de dinheiro sem precedentes impressa pelo Federal Reserve (FED) são os maiores riscos para 2021. Rogers espera que a próxima década seja a mais difícil para os mercados por causa dos níveis de dívida global. Repare o crescimento exponencial da dívida dos Estados Unidos na última década:
2- Mais políticas expansionistas e gastança pela frente
Como se não bastasse o excessivo endividamento em escala global, para o mega investidor, o FED, o banco central dos EUA, continuará imprimindo e gastando mais dinheiro sob o governo democrata liderado pelo presidente eleito Joe Biden. Isso porque Biden deve nomear a ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, como Secretária do Tesouro dos EUA, e Jim Rogers tem uma visão clara sobre a ex-presidente do FED: “ela adora imprimir e gastar dinheiro”. E o FED é quem dá o tom para os demais bancos centrais no que diz respeito à política monetária. Abaixo, gráficos que nos dão dimensão do aumento dos gastos do governo americano e da política monetária expansionista (redução de juros e injeção de dinheiro na economia) conduzida pelo Federal Reserve:
3- Esperando correção no ouro e prata
Não está comprando ouro ou prata a preços atuais, mas espera quedas em ambos os metais preciosos para adicionar ao seu portfólio. Assim que houver tal correção, Rogers disse que comprará ambos, prata e ouro, mas comprará mais prata, pois, segundo ele, historicamente, a prata é muito mais barata do que o ouro. Jim Rogers é um exímio conhecedor do mercado de commodities; inclusive, foi um dos primeiros investidores a prever o boom das commodities no início dos anos 2000. Abaixo, gráficos da cotação do ouro e da prata, respectivamente:
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