“Ainda é possível juntar dinheiro no Japão?”

“Ainda é possível juntar dinheiro no Japão?” é uma pergunta feita com certa recorrência, principalmente por aqueles que estão no Brasil e planejam vir ao Japão para trabalhar, juntar dinheiro e retornar à terra natal.

Este texto não têm o objetivo de esgotar o assunto, mas trazer algumas considerações sobre atitudes que podem contribuir para que a renda obtida pelo trabalho não se esvaia pela má gestão do dinheiro e pela má condução do orçamento doméstico.

Se você se encontra com essa dificuldade de controlar as finanças do lar e juntar recursos para o curto, médio, longo prazo, dê uma refletida nestas palavras que se seguem. E coloque esses ensinamentos em prática. Tenho certeza que em breve você terá uma boa quantia poupada e estará apto a investir o capital, fazendo ele trabalhar para você.

Muita gente deixa para começar o controle das finanças do lar quando recebe o holerite. Porém, a forma mais eficaz de se fazer um bom controle financeiro e de se preparar psicologicamente para isto, seria você começar a partir do fechamento do cartão de ponto.

Há pessoas que possuem o hábito de anotar a quantidade de horas trabalhadas e assim podem fazer o cálculo de quanto irão receber no mês seguinte.

Este hábito é válido, sobretudo para se fazer uma checagem para saber se a empresa está calculando corretamente o salário a ser pago.

Se você não possui o hábito de anotar as horas trabalhadas, segue um conselho: tire uma foto do seu cartão de ponto no ato do fechamento, assim você poderá se preparar com antecedência e fazer o controle de suas finanças se antecipando aos gastos desnecessários que porventura aparecerão entre o fechamento do cartão e o recebimento do salário.

Muita gente deseja colocar as finanças do lar em dia a fim de começar a poupar e ter um padrão de vida melhor, uma vida mais equilibrada financeiramente.

Entendendo a dificuldade de poupar que muitos têm tido aqui no Japão de uns anos pra cá, segue este breve texto com o intuito de ajudar a vencer esta dificuldade.

Casais que recebem salários entre 400 a 450 mil ienes, por exemplo, se não tem nenhum outro compromisso, como manutenção de residentes no Brasil e pagamento de pensão, com esta renda daria para poupar entre 80 a 120 mil por mês, e isto de uma forma bem básica.

Poupar é um hábito, e eu diria saudável, que para começar é preciso:

1- Consenso entre o casal e conscientização dos filhos. Uma boa conversa e tomada de decisão em família é um bom começo.

2- Ter CONSCIÊNCIA acerca de algumas coisas:

– quanto tem de ganho médio mensal, anual;

– quais as épocas do ano em que o salário é menor;

– conhecer os altos e baixos do setor em que trabalha (ex: eletrônicos, autopeças, alimentício; se indústria de exportação ou mercado interno) e se adaptar ao “sobe e desce” do setor planejando-se financeiramente;

– Se dá para ampliar a renda por meio de: (1) aumento de salário no mesmo serviço, (2) se por um novo serviço que paga mais, ou (3) fazendo mais horas extras, ou (4) arrumando alguma atividade paralela que complemente a renda.

Enfim, buscar ter um crescimento contínuo de renda, pois conforme o tempo vai passando o aumento da renda se faz necessário, até mesmo por uma questão de bem estar consigo mesmo.

3- Outro ponto, talvez mais importante do que ampliar a renda, é saber o quanto tem de gasto mensal, anual; colocar isto num papel, ter ideia clara sobre as despesas, sobre cortes de gastos (se possível), tentar minimizar os custos com telefone, internet, carro etc., e cortar gastos desnecessários. Ou seja, fazer um minucioso “5S” nas contas e gastos. Gastos são iguais a unha e cabelo, tem de cortar sempre (rs). Nem tudo com que gastamos ou utilizamos é necessário. Se não dá para ficar sem carro, estabeleça um teto para os gastos com gasolina, por exemplo.

4- Conhecendo bem o quanto ganha e o quanto tem de despesas, estipular uma porcentagem mensal da renda bruta ou líquida a ser poupada, e ser disciplinado nisto. Se 10%, ótimo! Mantenha-se fiel a isto. Se 20, 30, 40% ou mais, melhor ainda! Estabelecer objetivos ajuda muito neste processo. Tenha Disciplina.

Eu diria que os seis primeiros meses são fundamentais para você resistir aos gastos desnecessários e visualizar o fruto do seu esforço. Após um ano, o hábito de poupar já estará consolidado.

5- Estude sobre investimentos, a fim de trabalhar melhor o capital poupado. Preste atenção nos juros compostos brasileiro, mesmo que queira ficar aqui para sempre. Só pra exemplificar, coisa simples: Aquele 1 milhão de ienes enviado e aplicado no Brasil há vinte anos atrás, pode ter se tornado 10, 20 milhões de ienes hoje. Isto é perfeitamente possível.

No mais, tenha planos para o curto, médio e longo prazo.

E respondendo à pergunta inicial: sim, ainda é possível juntar dinheiro no Japão.

Grande abraço e prosperidade a todos!

(Sugestões ou dúvidas, entre em contato com a gente!)

 

Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.
Marcelo Pimentel

Marcelo Pimentel

CEO da MSG Capital, empresa de participações e gestão de ativos, com foco no desenvolvimento imobiliário. Fundador do site e mídias sociais Investidor no Japão e criador de Cursos de Investimentos e Finanças Pessoais para brasileiros no Japão. Formado em Pedagogia, com Educação Continuada em Contabilidade Financeira e Análise de Viabilidade de Projetos, pela FGV; com MBA em Investimentos e Private Banking, pela Ibmec; Investidor nos mercados de capitais japonês e americano, e no mercado imobiliário brasileiro, com experiência em análise de viabilidade e estruturação financeira de projetos imobiliários.

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