Abe alegou que seu partido, o Partido Liberal Democrático (LDP), venceu as eleições do ano passado com esta promessa: usar o produto do aumento do imposto sobre o consumo para tornar o sistema de assistência social do Japão mais sustentável.
Neste sentido, o aumento do imposto se faz necessário, já que a dívida pública japonesa em relação ao PIB é a maior dentre as 50 maiores economias do mundo, em 253%.
Por duas vezes o referido aumento de impostos, de 8 para 10%, fora adiado. Isto porque o aumento de 5 para 8%, ocorrido em abril de 2014, provocou impacto negativo no consumo das famílias.
Alguns analistas alertam que o aumento de impostos programados para o ano que vem pode prejudicar o consumo privado, já frágil, o que pode prejudicar também a arrecadação total do governo.
Abe, por sua vez, sustenta que o impacto do aumento de impostos para 10% será menor do que o do aumento para 8%.
Ele também disse que o governo tomará medidas para moderar uma desaceleração esperada no consumo após a caminhada.
De todo modo, a economia do Japão está a caminho de marcar seu período mais longo de expansão no pós-guerra, graças às robustas exportações e gastos de capital. A taxa de desemprego também caiu para níveis recordes, próximas ao ‘pleno emprego’. Atualmente a taxa de desemprego está em 2,50%.
Alguns dados econômicos do Japão:
PIB |
Variação anual do PIB |
Taxa de juro |
US$ 4,82 trilhões |
1,00% |
-0,10% |
Inflação acumulada (12 m) |
Taxa de desemprego |
Dívida / PIB |
0,90% |
2,50% |
253,00% |